Contramestre Cristina do Grupo Ypiranga de Pastinha no Rio de Janeiro, deu aula e participou nas conversas e rodas da conferência de mulheres no mês passado em Washington, DC. Foi superlegal conhecer ela e muito interessante aprender mais sobre sua trajetória dentro da Capoeira Angola no Rio de Janeiro. Ela escreveu essa linda refleção sobre os encontros da angoleiras no RJ:O aroma de flores no ar, a água de cheiro lavando o lugar… Quase ouvíamos o batuque dos nossos corações, acelerados pela expectativa daquele desafio. A chegada de mestras Janja e Paulinha, trazendo o alento de nos sentirmos amparadas e a certeza de nosso propósito naquele momento: a confirmação de que o caminho era possível, apesar de nossos medos, inseguranças e do estranhamento de nossas presenças no instigante universo da capoeira. E eramos tantas! Surpresa constatada ao nos depararmos com a imensa roda de mulheres formada naquele março de 1999. Onde se escondiam tantas mulheres no cotidiano das rodas?...
A lembrança deste momento ficou a nos instigar, a nos provocar o desejo de outras ações…
… Nossos confrontos, nossas indagações, nossas atribuladas vidas e nosso desejo enorme de somarmos a tudo isto nossa paixão pela capoeira, faz com que este movimento seja uma busca constante pela compreensão das diversas formas de construir caminhos para o exercício do nosso poder.
Muito obrigada!
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