24.3.09

Salvador, Brasil: mulher na capoeira tem dendê na roda

Instituto Nzinga de Capoeira Angola apresenta:

Mulher na capoeira tem dendê na roda
27 & 28 de março de 2009

Programação
27/03
19 h, Seminário – Mulher na Capoeira Tem Dendê na Roda
Local: Sede do CDCN – Rua do Paço, 42 – Santo Antônio
Valdecir Nascimento – Superintendente de Politicas para Mulheres/ SEPROMI
Adriana Albert Dias – historiadora & pesquisadora de capoeira
Christine Zonzom – sociologa e Instituto Nzinga”
Rosângela “Janja” Araújo – Faced/UFBA e Instituto Nzinga
Mediadora: Ligia Vilas Boas/ INCAB
28/03
16h, Roda de Capoeira
Local: Memorial das Baianas de Acarajé – Cruz Caida, Praça da Sé)

Público Alvo: praticantes de capoeira e public em geral

“Seminário Mulher na Capoeira: Tem Dendê na Roda” tem a finaldade de discutir as formas de violência enfrentadas pela mulher no context da capoeira, bem como os desafios e caminhos que a capoeira pode assumir para integrar de maneira respeitosa e qualificada a presença da mulher, operando as suas especificidades políticas como sendo da própria capoeira. Neste sentido, o referido seminário se inscreve na dinâmica das estratégias de empoderamento e formação da autonomia entre as mulheres capoeiristas estimulando sua participação política nas organizações e organismos de mulheres, como também no enfrentamento às formas de violência contra as mulheres que, neste caso, se faz através da parceria com a Secretaria da Promoção da Igualdade através da Superintendência de Políticas para as Mulheres, no projeto “Tem Dendê na Roda” de popularização da Lei Maria da Penha.

A capoeira sempre foi um importante instrumento de resistência e luta pela liberdade das pessoas negras, seguindo-se na defesa dos direitos de quem vive situações de opressão e de desigualdades. Embora seja uma prática tida como majoritariamente masculina, as mulheres também passaram a construir sua história. Já na década de 1940 mulheres conhecidas como Maria 12 Homens, Calça Rosa, Satanás, Nega Didi e Maria Pára o Bonde foram protagonistas desta história, bem como testemunhas das formas nem sempre veladas de minimizar a importância delas dentro da capoeira.

Como em outros setores da sociedade este cenário também vive transformações. Hoje a presença da mulher é um fenômeno crescente em número e expressão, existindo, inclusive, grupos formados e coordenados por mulheres. Apesar dessa mudança, a invisibilidade e outras violências simbólicas e concretas são questões que incitam mobilização e debate.

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