1.7.07

Um pouco da filosofia da Capoeira Angola

Em dezembro de 1990, Mestre Moraes, líder do GCAP (Grupo de Capoeira Angola Pelourinho) fez uma entrevista com a revista a Cometa Itabirano, publicado em Itabira, MG. Aqui está um pedaço:

O Cometa: A capoeira não é só uma luta?

MM: No Brasil a capoeira teve que acentuar o seu aspecto de luta porque ela teve que ser usada assim. Ela entrou aqui na sua forma original, como manifestação cultural, como um culto que faz parte de um costume, da religiosidade do negro africano. Mas eles observaram que esta manifestação poderia ser usado como um movimento de libertação. A faca nao foi feita para matar, mas mata também. Então foi o que aconteceu com a capoeira. A faca é uma arma; tem hora que ela é arma, mas tem hora que ela é um instrumento para cortar. Assim como um berimbau; ele é um instrumento, mas vôce pode usá-lo como arma. A capoeira foi isso, mas as pessoas estão se limitado a vê-la somente na sua segunda forma. Eu acredito que seja a incapacidade, a preguiça que nós brasileiros temos de abstrair é que dificulta o conhecimento da capoeira na sua forma mais mística.
Temos recebidos muitos pedidos para mais entrevistas com mestres. Nosso arquivo tem so um pouco. Por favor, considere fazer uma entrevista com seu mestre ou professor, ou pode dizer-nos uma história sua, para entregar no arquivo e colocar no website. Obrigada!

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