O que um mestre de capoeira tem a ver com Carmen Miranda?
Leiam este trecho do livro “Capoiera Angola - Ensaio Sócio Etnografico” pelo escritor, anthropólogo e folclorista Waldeloir Rego para saber:
Canjiquinha (Washington Bruno da Silva) nasceu em Salvador a 25 de setembro de 1925. Foi discípulo do famoso capoeirista Raimundo Aberrê, natural de Santo Amaro de Purificação.
A respeito do seu apelido, explica que foi pôsto por seu amigo de nome Dálton Barros, em 1938, devido ao samba-batuque de Roberto Martins, Canjiquniha quente, cantado por Cármen Miranda com o Conjunto Regional de Benedtio Larcerda, gravado pelo Odeon, em 1937… o qual era a única coisa que sabia cantar e o fazia constantemente, por isso seu amigo tomou a iniciativa do apelido.
Canjiquniha é um capoeira jovem e ágil, fazendo com que se destaque é no canto e no toque. Canta como bem poucos e com um repertório vastíssimo, inclusive com uma grande facilidade de improvisor e de todos é quem mais tem contribuído para a adaptação de outros cânticos do folcloreà capoiera. Uma boa parte das cantigas dêste ensaio foram recolhidas de Canjiquinha.
Foi de todos os capoeiristas baianos o mais convidados para exhibições, viagens pelo interior e for a do estado, assim como o que mais atuou no cinema, em longas e curtas metragens… Como mestre de capoeira, trabalhou nos longa-metragens “Os Bandeirantes”, “Barravento”, “O Pagador de Promessas”, “Senhor dos Navegantes”, “Samba”, e inúmeros curta-metragens.
Cuidado com aquelas músicas que não saim da cabeça! Pode conseguir até um novo apelido!
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