4.6.08

Edison Carneiro: "os moleques de sinhá" na Bahia

Edison Carneiro (1912 - 1972) foi um intelectual e escritor brasileiro quem dedicou sua vida à resgatar da cultura popular brasileira. Fez várias pesquisas sobre vários aspectos da cultura afro-brasileira, inclusive a capoeira e o candomblé. Ele colocou as resultadas das pesquisas em livros os quais ele chamou “cadernos”. Como ele escrevia sobre a cultura negra no Brasil e existia muito prejuzio, era difícil publicar os cadernos. O caderno sobre a capoeira foi publicado dois anos depois da morte dele.

No livro, Cadernos de Folclore – Capoeira, ele apresenta informação básica sobre a capoeira- a historia, os movimentos, o berimbau, e mais. Também ele fala nos capoeiras da época e os lugares onde gostavam de vadiar:
Os pontos preferidos para a vadiação dos capoeira eram a Boa Viagem no Ano Bom, a Ribeira na segunda-feira de Bonfim, o Terreiro no Carnaval, e o Mercado Modelo durante a Festa da Nossa Senhora da Conceição, mas agora os “moleques de sinhá” se exercitam em locas certos, as “academias” de velho Pastinha no Pelourinho, de Waldemar, de Traíra, de Canjiquinha e outros...

... Os grande capoeira da Bahia eram até poucos anos, o pescador Samuel Querido de Deus, e o estivador Maré, ambos da capital, e Siri do Mangue de Santo Amaro. Outros capoeiras conhecidos eram o “capitão” Aberre, Juvenal, Polu, Onça Preta, Barbosa, Zepelin.. Alguns do seus discípulos emigrados para o Rio de Janeiro, estão tentando continuar a vadiação em terras cariocas.
Hoje em dia, há um museu fantástico no Rio de Janeiro dedicado a Edison Carneiro.

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